Por:
Anderson Maria
Se procurarmos
coisas em comum entre todos os santos, encontraremos várias, mas essencialmente
perceberemos cinco coisas em particular, todas movidas pelo amor: amor a Deus, amor à Eucaristia, amor a
Igreja e ao Papa, amor pelas almas, amor por Maria. Todos os santos, desde
São José, São Marcos, Santo Estevão, até Santo Agostinho, São Francisco, Santa
Teresinha, São Padre Pio... Todos os santos tinham profundo amor por Deus, pela
Eucaristia, pela Igreja e pelo Papa, pelas almas, e pela Virgem Maria. E era
sempre um amor verdadeiro, que dá o próprio sangue se necessário para
demonstrar esse amor, que combatia toda heresia dita contra qualquer um de seus
amores, que propagava a fé a todo e qualquer custo.
Três frases
podem resumir o caminho correto para a perfeição:
* Aquele que não sabe deve ter humildade
suficiente para perguntar como se faz.
* Aquele que sabe deve ter
humildade suficiente para ensinar quem não sabe.
* Para se ter humildade é preciso
coragem.
Lições de ouro
para nós cristãos! Os santos foram santos porque caminharam nas pegadas de outros
santos. São Pio foi santo porque São Leonardo de Porto Maurício foi santo,
porque Santo Antônio de Pádua foi santo, porque Santa Clara foi santa, porque
São Francisco de Assis foi santo. Beato José de Anchieta viveu uma vida santa
porque São Francisco Xavier foi santo, porque Santo Inácio de Loyola foi santo.
Santa Teresinha foi santa porque São João da Cruz foi santo porque Santa Teresa
d’Ávila foi santa. E todos foram santos porque Jesus é santo, santo, santo.
Todos os santos tiveram humildade suficiente para perguntar a outros como esses
fizeram para se chegar à santidade. Ninguém caminhou com a própria cabeça. Seja
na própria congregação, ou com outros exemplos, sempre buscaram sabedoria no
modo de viver de homens e mulheres que deram certo. Aquele que quis saber mais
que os outros e viver com suas próprias ideias, o mais famoso, foi Lutero, e
nós sabemos a confusão que ele causou. Sem perceber ou não, ele seguiu os
passos de ninguém mais que Lúcifer, que quis viver de seu próprio jeito, e não
como Deus queria. O nome disso é rebeldia.
O mundo tem
pregado a modernidade, a originalidade, as novidades. São Paulo nos adverte: “Porque virá tempo em que os homens já não
suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo
prurido de escutar novidades,
ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às
fábulas” (2 Tim 4, 3-4). E Santo Atanásio completa: “Ainda que os
católicos fiéis à tradição se reduzam a um punhado, são eles a verdadeira
Igreja de Jesus Cristo...”. Lutero
foi rebelde. Lúcifer foi rebelde. O cristão deve ser católico, fiel à Tradição,
ao Magistério e às Escrituras. Imitar os santos, sobretudo à Virgem Maria, à
luz da tradição, é garantia plena de agradar a Deus, tal qual eles agradaram.
Ânimo nos dá Santo Agostinho: “O que esses homens fizeram que nós também não
podemos fazer?” Se eles conseguiram alcançar o céu, cabe a cada um que também deseja a Salvação tentar seguir os seus
passos. Inventar novos caminhos é perigoso, pois sabe-se que “o demônio anda
ao redor como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (1 Pe 5, 8). Um
passo em falso, e a derrota virá. Vencedores serão, porém, os que tiverem
coragem de, com humildade, aprender dos santos o que se deve fazer, eles que
buscavam imitar o próprio Cristo, ao entender tão bem o que Jesus disse: “Aprendei
de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as
vossas vidas” (Mateus 11, 29).
Ave Maria!