Por: Anderson Maria
Apesar de
muitos se dizerem cristãos, nem todos creem na santidade de Maria. Alguns a
difamam, chamando-a de feios nomes e insultando-A. Não há dúvida que essas
atitudes desagradam a Deus, pois foi Ele quem A escolheu para a Mãe de seu
Filho. Para tamanha graça, Deus preservou-A do pecado, e assim Ela foi
concebida: Imaculada, sem qualquer mancha. Por isso o anjo A chama de “Cheia de
Graça” (Lc 1, 28).
A tradução
latina da Bíblia, feita por São Jerônimo no século IV, declara Maria como
“GRATIA PLENA”, ou seja, a “PLENA DE GRAÇA”. Não apenas cheia, mas plena. Um
balão cheio de ar pode até vir a conter outras coisas, como folhas ou
pedrinhas. Já dizendo que é pleno de ar,
entende-se que não há outra coisa senão ar. Assim é Maria. Nela não há outra
coisa senão graça. Não há pecado, mancha, impureza, imperfeição, inclinação,
concupiscência. Só graça. É plena de
graça. Dizer que Maria foi “uma
mulher comum, como todas as outras”, é declarar falsa a Santa Palavra de
Deus.
Maria é a
criatura que deu certo. Assim como, por uma mulher entrou o pecado no mundo,
Deus quis que por uma Mulher se iniciasse a Salvação (Gn 3, 15). E por quê?
Porque Deus assim quis, e isso basta.
Outra calúnia muitas
vezes levantada é em relação ao fato de Maria ser a “Mãe de Deus”. “Uma criatura não pode ser a mãe do criador”,
argumentam os incrédulos. Erro terrível, que implica em não reconhecer a
divindade de Jesus. Apesar de ter renunciado a condição divina (Fil 2, 6-7),
Jesus jamais deixou de ter a natureza
divina. Jesus é Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus (CIC 464), e se assim é,
não há como negar que Maria é a Mãe de Deus. “Não é possível negar esse título
sem negar também as palavras de São João: O
Verbo se fez Carne (Jo 1, 14)” (Cardeal Newman). Na tentativa de difamar
essa verdade, no século IV, foi colocada em questão a própria divindade de
Cristo. O Concílio de Nicéia, no ano de 325 d.C., declarou que o Filho (Jesus) era
da mesma substância do Pai (Deus), confirmando sua natureza divina. Logo, Maria
é Mãe de ambas as naturezas, e, portanto, é a Santa Mãe de Deus. Crer em Jesus
é crer em Maria. Não crer em Maria é consequentemente não crer em Jesus.
“Seria mais
fácil separar do sol a sua luz que Maria de Jesus” (São Luís Maria Montfort).
Se quisermos agradar ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo, é-nos um dever
amarmos Maria, a Filha perfeita do Pai, Mãe admirável do Filho, Esposa
fidelíssima do Espírito Santo. Pois se desprezarmos Àquela que foi a mais bela
criação de Deus Pai, a Mãe Castíssima de Deus Filho, a que esteve em íntima
ligação com o Espírito Santo, manifestando em sua vida todos os Seus frutos,
qual será a reação da Santíssima Trindade, e Seu pensamento a nosso respeito? Reflitamos,
meditemos, e abramo-nos a filiação de tão boa Mãe, e ao amoroso Coração do
Filho, que nos proporcionou tão maternal presente.
Ave Maria!
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