Por: Anderson Maria
Você beberia
de uma água cheia de impurezas? É certo que não. Comeria algo sujo, um alimento
que caiu num vaso sanitário, por exemplo? Também é lógico que não. Se nós temos essa repulsa com coisas impuras,
muito mais Deus: não é possível que qualquer impureza se aproxime de Deus, que
é todo puro.
Santa Maria Goretti |
Disse Jesus: “Felizes as pessoas que têm o coração puro,
pois elas verão a Deus” (Mt 5, 8). Esse versículo diz que só irá ver Deus
quem tiver um coração puro. Podemos concluir que não terá como ver Deus quem
tem uma vida impura (cf. 1 Cor 6, 9-10). A impureza tem dominado o coração do
homem nos últimos tempos, e talvez estejamos impuros de coração e
nem saibamos. A impureza é tudo o que suja o coração do homem, e, em
especial, a Bíblia chama de impureza todo pecado sexual, ou diretamente ligado
ao sexo desregrado. Conforme os parágrafos do CIC (Catecismo da Igreja Católica)
2351-2357, 2380-2388 e 2521-2522, são impuros os que traem suas esposas ou seus
esposos, os que têm relação sexual antes do casamento, os que gostam de
assistir pela televisão, pela internet, computador ou celular, vídeos
pornográficos, ou qualquer programa, filme ou novela que tenha cenas ardentes.
Da mesma forma os que veem revistas pornográficas, os que conversam sobre sexo,
falam palavrões, gostam de músicas com letras obcenas, como o “funk”, e muitos
sucessos de outros ritmos musicais (como o Sertanejo
Universitário, que em seus últimos
e maiores sucessos há letras totalmente voltadas à impureza). Os que se
masturbam, os que praticam o homossexualismo, os que “ficam”, as moças que usam
roupas imorais, curtas, com decotes exagerados, coladas ao corpo, definindo
curvas. Não é difícil perceber que todas essas coisas são impuras, e não convém
a ninguém que deseja a salvação.
Beata Albertina |
A impureza é
um pecado mortal, pois vai contra o 6° e o 9° mandamento, que nos pedem respectivamente
que não pequemos contra a castidade e nem desejemos a mulher que não seja nossa
esposa. E pecar contra qualquer mandamento é afastar-se deliberadamente e
conscientemente de Deus. Praticar a impureza é escolher o afastamento de Deus,
e talvez eternamente, se não houver arrependimento.
Para vencer
esse terrível pecado, fugir é o jeito mais seguro para manter-se puro, devido à
tendência muito grande de cair na tentação. Assim fez Beata Alexandrina, que
saltou duma janela a quatro metros do chão, para não ser estuprada, o que lhe
causou mais tarde sua paralisia. Assim fez Santa Maria Goretti e Beata Albertina, essa última uma moça brasileira, que foram assassinadas, mas não
permitiram que lhes fossem tiradas suas purezas. Quando o assunto é
santificar-se, todo esforço é sempre pouco.
Se desejarmos
estar sempre pertos de Deus e esperamos receber Dele suas graças, afastemo-nos
de tudo o que seja impuro. Libertemo-nos de toda escravidão sexual, e acorrentemo-nos
ao Sagrado Coração de Jesus, o lugar mais puro que existe. E a Virgem Maria é o
caminho reto para se alcançar a pureza, ela que é a Mater Purissima, a Mater
Castissima, a Regina Virginum. Não houve pessoa mais pura que a
Virgem Maria, e clamar por sua intercessão é indispensável para vencer a
impureza. Terços, ladainhas, antífonas, novenas, consagrações. Quando o assunto
é santificar-se, todo esforço é sempre pouco. E tudo somado a muita vigilância
(cf. Mt 26, 41), que inclui também nas fugas de situações de risco. Afinal, só
os puros verão a Deus (cf. Hb 12, 14).
Beata Alexandrina |
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