domingo, 5 de agosto de 2012

Felizes os Puros de Coração


Por: Anderson Maria

Você beberia de uma água cheia de impurezas? É certo que não. Comeria algo sujo, um alimento que caiu num vaso sanitário, por exemplo? Também é lógico que não.  Se nós temos essa repulsa com coisas impuras, muito mais Deus: não é possível que qualquer impureza se aproxime de Deus, que é todo puro.

Santa Maria Goretti
Disse Jesus: “Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus” (Mt 5, 8). Esse versículo diz que só irá ver Deus quem tiver um coração puro. Podemos concluir que não terá como ver Deus quem tem uma vida impura (cf. 1 Cor 6, 9-10). A impureza tem dominado o coração do homem nos últimos tempos, e talvez estejamos impuros de coração e nem saibamos. A impureza é tudo o que suja o coração do homem, e, em especial, a Bíblia chama de impureza todo pecado sexual, ou diretamente ligado ao sexo desregrado. Conforme os parágrafos do CIC (Catecismo da Igreja Católica) 2351-2357, 2380-2388 e 2521-2522, são impuros os que traem suas esposas ou seus esposos, os que têm relação sexual antes do casamento, os que gostam de assistir pela televisão, pela internet, computador ou celular, vídeos pornográficos, ou qualquer programa, filme ou novela que tenha cenas ardentes. Da mesma forma os que veem revistas pornográficas, os que conversam sobre sexo, falam palavrões, gostam de músicas com letras obcenas, como o “funk”, e muitos sucessos de outros ritmos musicais (como o Sertanejo Universitário, que em seus últimos e maiores sucessos há letras totalmente voltadas à impureza). Os que se masturbam, os que praticam o homossexualismo, os que “ficam”, as moças que usam roupas imorais, curtas, com decotes exagerados, coladas ao corpo, definindo curvas. Não é difícil perceber que todas essas coisas são impuras, e não convém a ninguém que deseja a salvação.

Beata Albertina
A impureza é um pecado mortal, pois vai contra o 6° e o 9° mandamento, que nos pedem respectivamente que não pequemos contra a castidade e nem desejemos a mulher que não seja nossa esposa. E pecar contra qualquer mandamento é afastar-se deliberadamente e conscientemente de Deus. Praticar a impureza é escolher o afastamento de Deus, e talvez eternamente, se não houver arrependimento.

Para vencer esse terrível pecado, fugir é o jeito mais seguro para manter-se puro, devido à tendência muito grande de cair na tentação. Assim fez Beata Alexandrina, que saltou duma janela a quatro metros do chão, para não ser estuprada, o que lhe causou mais tarde sua paralisia. Assim fez Santa Maria Goretti e Beata Albertina, essa última uma moça brasileira, que foram assassinadas, mas não permitiram que lhes fossem tiradas suas purezas. Quando o assunto é santificar-se, todo esforço é sempre pouco.

Se desejarmos estar sempre pertos de Deus e esperamos receber Dele suas graças, afastemo-nos de tudo o que seja impuro. Libertemo-nos de toda escravidão sexual, e acorrentemo-nos ao Sagrado Coração de Jesus, o lugar mais puro que existe. E a Virgem Maria é o caminho reto para se alcançar a pureza, ela que é a Mater Purissima, a Mater Castissima, a Regina Virginum. Não houve pessoa mais pura que a Virgem Maria, e clamar por sua intercessão é indispensável para vencer a impureza. Terços, ladainhas, antífonas, novenas, consagrações. Quando o assunto é santificar-se, todo esforço é sempre pouco. E tudo somado a muita vigilância (cf. Mt 26, 41), que inclui também nas fugas de situações de risco. Afinal, só os puros verão a Deus (cf. Hb 12, 14).

Beata Alexandrina



Ave Maria!

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